O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou, sem sucesso, convencer o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a permanecer nos Estados Unidos. A decisão de Eduardo foi comunicada a Bolsonaro no sábado (15), um dia antes da manifestação no Rio de Janeiro em defesa da anistia.
Segundo fontes próximas ao ex-presidente, Bolsonaro discordou da escolha do filho e mobilizou aliados para convencê-lo a desistir. Desde então, tentou contato por chamadas de vídeo e áudio, mas não obteve resposta.
A permanência de Eduardo nos EUA foi mantida em sigilo até o último momento. O parlamentar havia indicado que participaria do ato de domingo, mas não compareceu. Em conversas reservadas, Eduardo mencionou temores de que seu passaporte pudesse ser apreendido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e até de uma possível prisão, apesar de não responder a inquéritos.
Sua esposa, a psicóloga Heloísa Bolsonaro, também teria incentivado a estadia nos EUA pelos próximos quatro meses. A decisão pegou aliados de surpresa, inclusive dentro do Partido Liberal. Deputados relataram que não houve qualquer aviso prévio à bancada.
Nos bastidores, aliados avaliam que a ausência prolongada pode comprometer os planos de Eduardo para uma candidatura ao Senado em 2026.