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Bolsonaro: ‘Caso Filipe Martins será lembrado como um dos maiores escândalos da história do Judiciário’

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Jair Bolsonaro (PL) afirmou há pouco, por meio das redes sociais, que o “mundo está observando” o julgamento de Filipe G. Martins e dos demais denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no núcleo 2 da suposta “trama golpista”.

Para o ex-presidente, o caso do seu ex-assessor para assuntos internacionais representa um “laboratório de abusos”.

Martins ficou preso preventivamente por 6 meses, acusado de tentar fugir do país no fim de 2022 com a comitiva de Bolsonaro, embora haja provas de que ele não deixou o Brasil. A defesa apresentou dados de geolocalização, passagens aéreas e outros documentos que comprovam que ele estava no Paraná e não viajou para os EUA.

O “núcleo 2” do caso, julgado nesta terça pelo Supremo, é acusado de elaborar uma suposta “minuta de golpe” para prender ministros do STF e autoridades como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de planejar o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Também são imputadas ao grupo ações da PRF para dificultar o acesso de eleitores de Lula às urnas no segundo turno de 2022.

Confira a íntegra do post de Bolsonaro:

“O caso Filipe Martins um dia será lembrado como um dos maiores escândalos da história do Judiciário brasileiro. Um verdadeiro laboratório de abusos, restrições autoritárias, distorções processuais e ilegalidades em série, criado com um único propósito: construir uma narrativa e, com ela, um atalho para tentar atingir quem de fato se queria prender.

Esse jovem, que foi meu assessor internacional, foi lançado numa prisão por uma viagem que nunca fez. Está há meses privado de liberdade, submetido a isolamento, censura e vigilância, sem direito de resposta e agora até sem poder ser fotografado nem gravado… E agora ainda querem colocar ele no banco dos réus por causa de uma “minuta” que não existe e que ele evidentemente não escreveu.

Filipe Martins tem a minha total solidariedade. O que fazem com ele é uma covardia inaceitável e um alerta sobre os rumos que o Brasil está tomando.

Estendo essa mesma solidariedade ao Coronel Câmara e a todos os demais acusados do chamado ‘núcleo 2’. Nenhum deles tem ou jamais teve foro privilegiado. Ainda assim, estão sendo julgados diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, sem direito de recorrer a instâncias superiores e submetidos a inovações jurídicas arbitrárias e ao uso de criatividade por parte de Alexandre de Moraes.

Tenho dito e repito: o mundo está observando com atenção. E começa, enfim, a entender o que está acontecendo no Brasil, um país em que a perseguição política se disfarça de justiça, e onde o autoritarismo cresce a cada silêncio imposto. A matéria da Economist é só o começo.

Que Deus tenha misericórdia do nosso povo e do nosso país”.

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