O Banco Mundial alertou que o crime organizado tem freado o crescimento econômico da América Latina, com risco de manter a região presa a um “crescimento anual medíocre”. A previsão é de avanço de apenas 2,1% em 2025 e 2,4% em 2026, os menores índices globais, apesar da abundância de recursos naturais.
O relatório afirma que organizações criminosas impõem suas regras econômicas por meio da violência, com domínio territorial e extorsão sistemática.
O Banco Mundial descreve a região como marcada por “baixa produtividade, pobreza e altos níveis de desigualdade”, agravados pela infiltração do crime em todas as camadas da economia — de pequenos comércios a grandes indústrias.
O estudo mostra que o crime organizado tem se adaptado rapidamente ao cenário internacional, explorando novas oportunidades.
Um dos exemplos é a exploração ilegal de aço, com exportação para a Ásia, além de atividades clandestinas com matérias-primas da agricultura e combustíveis, impactando populações vulneráveis.
O levantamenot reforça que, esses grupos adotam tecnologias de geolocalização para aprimorar sua logística. O relatório aponta que, embora seja difícil medir com precisão o avanço do crime organizado, há fatores claros, como a reorganização de facções após ações repressivas do Estado, aumento no acesso a armas, diversificação de atividades ilegais e uso crescente de tecnologia de ponta.