O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023, com apoio de parlamentares da oposição, não seguirá até o Congresso Nacional. O plano de segurança foi acertado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) na segunda-feira (5).
Os manifestantes vão se concentrar na área da Funarte, próxima à Torre de TV, e seguirão, a partir das 16h, em direção à Esplanada dos Ministérios. Três faixas do Eixo Monumental serão afetadas: duas serão ocupadas pelos manifestantes e uma terceira será isolada temporariamente pelas forças de segurança. Grades serão instaladas na Avenida José Sarney para organizar o deslocamento.
A manifestação é coordenada pelo pastor Silas Malafaia, como no ato de 7 de setembro de 2024 na Avenida Paulista. Malafaia assegurou que será um protesto pacífico.
Bolsonaro informou que tentará comparecer ao ato, mas sua presença é incerta. Ele se recupera de uma cirurgia abdominal que o manteve hospitalizado por mais de 20 dias. “A situação de saúde do momento” definirá sua ida, segundo publicou no X (ex-Twitter).
Entre os principais focos da manifestação está o caso de Débora dos Santos, cabeleireira condenada a 14 anos de prisão pelo STF por escrever com batom “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente à Corte.
No Congresso, a oposição tenta destravar o projeto de anistia. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), apresentou o pedido de urgência no dia 14 de abril. A legenda conseguiu reunir 264 assinaturas.