As tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump (Republicano) podem provocar um aumento de até 43% no preço dos iPhones vendidos nos Estados Unidos. De acordo com a Rosenblatt Securities, consultada pela agência Reuters, a Apple precisaria reajustar o valor do iPhone 16 Pro Max dos atuais US$ 1.599 (cerca de R$ 9.002) para US$ 2.300 (R$ 12.948), caso deseje manter sua atual margem de lucro.
Além dos iPhones, outros produtos da Apple também devem sofrer fortes reajustes, com aumento estimado de 42% no iPad e 39% nos computadores Mac. A principal razão seria a tarifa de 34% imposta a produtos importados da China, onde a empresa ainda concentra cerca de 90% de sua produção.
Embora a Apple também fabrique em menor escala na Índia e no Brasil, todos os países terão pelo menos 10% de tarifa, o que impacta diretamente a cadeia de suprimentos da empresa. Peças como baterias e telas, oriundas de diversos países também taxados, podem encarecer ainda mais os produtos — mesmo quando montados na China.
A depender da resposta dos fornecedores estrangeiros às novas tarifas, o iPhone 16 Pro Max pode ultrapassar os US$ 2.300, caso eles também aumentem os preços para compensar as perdas com as taxas norte-americanas.
Diante desse cenário, a Apple terá de decidir entre reduzir sua margem de lucro ou repassar integralmente os custos aos consumidores, encarecendo seus aparelhos. Outra alternativa seria acelerar o plano de nacionalizar parte da produção, como deseja o governo Trump, com investimentos em fábricas nos EUA. No entanto, essa transição deve ser gradual, mantendo os preços elevados no curto e médio prazo para o consumidor americano.