O Ministério do Interior da Espanha declarou há pouco estado de emergência devido ao apagão que afeta o país nesta segunda-feira (22). O status será aplicado nas regiões que solicitarem, conforme informou a pasta.
Até o momento, Madri, Andaluzia e Extremadura já pediram ao governo central a intervenção na ordem pública e outros serviços essenciais.
A operadora de energia Red Eléctrica anunciou que mais de 20% da capacidade afetada foi restaurada, com o fornecimento de eletricidade sendo restabelecido de forma gradual. Parte da energia vem de fontes nacionais, enquanto outra é importada da França, que também enfrentou problemas semelhantes.
Em Madri, o fornecimento de energia já foi retomado em áreas estratégicas, como o metrô e algumas lojas, mas o transporte público ainda não foi totalmente restabelecido. Equipes de segurança estão presentes nas estações de metrô, incluindo na estação Sol, que deve ser reaberta em breve.
Nas regiões rurais ao norte de Madri, a eletricidade e o sinal de Wi-Fi já foram recuperados, mas a situação continua instável em outras áreas.
Este apagão é o pior da história recente da Espanha, tanto pela sua extensão quanto pelo número de pessoas afetadas, atingindo quase todo o território, exceto as ilhas e as cidades autônomas de Ceuta e Melilla.
Além do impacto nos serviços de energia, o apagão espanhol também prejudicou meios de transporte e as comunicações, tornando o WhatsApp instável e forçando muitas pessoas a retornarem ao uso de SMS para se comunicarem.
Em Portugal, que também enfrenta um apagão, o restabelecimento do serviço já começou em algumas áreas do norte e centro do país.
Ainda não há explicação oficial para o megaapagão, embora a possibilidade de um ataque cibernético seja investigada. O Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal negou indícios de um ataque.
A operadora de rede elétrica de Portugal afirmou que o apagão possivelmente foi causado por uma falha na rede espanhola, atribuída a um “fenômeno atmosférico raro”, com a normalização prevista para até uma semana.