A operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que resultou em buscas, apreensões e medidas cautelares, foi recebida com celebração por lideranças da esquerda e aliados do governo Lula na Câmara dos Deputados. Eles classificaram a ação como uma “vitória do Estado de Direito contra o golpismo”.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou que a decisão de impor a tornozeleira eletrônica ao ex-presidente decorre de um inquérito que teve origem em uma representação criminal protocolada por ele em maio deste ano contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “É uma vitória do Estado de Direito contra o golpismo transnacional”, afirmou Lindbergh, acrescentando ter cumprido “obrigações como parlamentar”.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) também se manifestou, publicando em suas redes sociais uma série de memes e mensagens em celebração. “Grande Dia! Bolsonaro recebe visita da PF e passa a usar tornozeleira eletrônica. No Brasil, os golpistas vão ser punidos”, escreveu.
A liderança do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), expressou apoio à operação, classificando o momento como um capítulo importante na defesa da democracia. “Atacar as instituições, conspirar contra a Constituição e desrespeitar a vontade do povo são crimes graves que não podem ficar impunes. O país se une para proteger a verdade, a justiça e os valores que sustentam a nossa República”, publicou.
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) listou algumas das proibições às quais Bolsonaro estará submetido, reiterando sua crítica ao ex-presidente. “Que agora Bolsonaro entenda: os crimes que você e sua família cometeram, atentando contra a soberania do nosso país, não o ajudaram em nada. O Brasil não se amedrontou e nossa Justiça não se acovardou”.
Por fim, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, citou “respeito às leis” e reforçou o discurso de soberania brasileira, horas após a operação da Polícia Federal. Messias iniciou sua publicação com a frase “Respeito às leis, honra à pátria e integridade”, ecoando a mensagem passada no pronunciamento em rede nacional feito pelo presidente Lula na quinta-feira (17).
Mais cedo, em agenda no Ceará, o presidente Lula afirmou que será candidato à reeleição em 2026 para não entregar a Presidência “de volta para aquele bando de maluco”. Sem citar nomes, ele disse que “eles” não voltarão ao poder.