Claudio Dantas
9.8 C
Brasília

Advogado da Trump Media: big techs receberam mandados do Congresso por censura do Brasil

Publicado em:

O advogado Martín de Luca, representante da Trump Media, afirmou que diversas empresas de tecnologia, incluindo Google, Meta e Apple, receberam mandados do Congresso dos Estados Unidos exigindo informações sobre possíveis ordens de censura vindas do Brasil. A declaração foi feita em entrevista à CNN, revelando detalhes do processo que envolve a Rumble e a Trump Media na Justiça Federal de Tampa, na Flórida.

De Luca falou que, diferente do que ocorre no Brasil sob ordens de ministros como Alexandre de Moraes, a maioria dos processos nos Estados Unidos é pública, permitindo a qualquer cidadão acesso às informações.

Ele lembrou que o caso da Rumble ganhou notoriedade em fevereiro, quando o Congresso americano aprovou a lei “No Censorship on Our Shores” (“Sem censura em nossas fronteiras”), criada para enfrentar a conduta de magistrados estrangeiros que tentam impor restrições à liberdade de expressão nos EUA.

Após a aprovação da lei, o presidente da Comissão Judicial da Câmara dos Representantes, o deputado Jim Jordan, expediu mandados, equivalentes a intimações judiciais, para diversas big techs. Segundo o advogado, as empresas foram obrigadas a responder, informando o volume e o tipo de dados que receberam relacionados a pedidos de censura de outros países, como o Brasil.

Cada empresa decide o que responde, mas a investigação do Congresso buscava saber se, além do caso da Rumble, outras empresas receberam ordens secretas de censura para silenciar ou ameaçar cidadãos americanos em solo americano, sem que o governo dos Estados Unidos fosse oficialmente notificado”, explicou de Luca.

O advogado ressaltou que as ordens enviadas ao exterior, como no caso da Rumble, não apenas pediam o bloqueio de contas de cidadãos americanos, mas também impunham sigilo absoluto, com ameaças caso a informação fosse compartilhada.

O juiz federal em Tampa determinou rapidamente que essas ordens não têm valor legal nos EUA, porque não seguiram os canais diplomáticos e não respeitaram os tratados internacionais”, disse.

Para de Luca, o Congresso americano quer entender até que ponto essa prática de censura estrangeira, encoberta por sigilo, pode estar sendo aplicada a empresas de tecnologia nos Estados Unidos. A única ordem que veio a público foi a do caso da Rumble, porque a empresa decidiu processar, mas, segundo o advogado, é possível que outras companhias tenham preferido não entrar na Justiça, escondendo assim a dimensão real do problema.

Escreva seu e-mail para receber bastidores e notícias exclusivas

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais recentes

Checagem de fatos