O Grok, inteligência artificial do X, de Elon Musk, apontou erros graves na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas. Segundo a IA, a peça apresenta “falhas que comprometem sua validade jurídica e factual”.
A denúncia, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (18). O Poder360 submeteu o documento à análise da IA, que destacou erros processuais, doutrinários, lógicos e temporais.
As principais falhas apontadas pelo Grok:
•Processual: “É inepta por falta de individualização das condutas, provas específicas e transparência, violando o Código de Processo Penal e a Constituição”.
•Doutrinária: “Erra na aplicação de tipos penais, como organização criminosa armada, e na interpretação de crimes contra a democracia”.
•Lógica: “Apresenta contradições entre ação e omissão, além de nexos causais frágeis e sem provas robustas”.
•Temporal: “Datas arbitrárias enfraquecem a narrativa, gerando incongruências”.
A IA apontou que a denúncia imputa os mesmos crimes a todos os acusados, sem detalhar suas condutas individuais. Também questionou a falta de provas concretas e um rol de testemunhas incompleto.
Inconsistências na narrativa da PGR, segundo a IA:
•A peça afirma que a organização criminosa teria começado em 29 de junho de 2021, mas cita eventos que ocorreram depois dessa data sem apresentar evidências anteriores.
•O documento vincula os denunciados aos atos de 8 de janeiro, mas os elementos probatórios não mostram comando direto, apenas conhecimento prévio.
•A denúncia afirma que os investigados sabiam dos ataques desde 6 de janeiro, mas Anderson Torres estava em Orlando desde o dia 7, criando contradições.
O Grok concluiu que a peça deveria ser refeita, com mais provas, individualização das condutas e ajuste na linha do tempo. Caso contrário, a denúncia corre “risco de rejeição ou absolvição por falta de fundamentação”.