O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), incluiu o etanol brasileiro no decreto que estabelece a aplicação de tarifas recíprocas contra países que impõem taxas sobre produtos norte-americanos. A medida, anunciada nesta semana, faz parte do memorando intitulado “Plano Justo e Recíproco”, que busca equilibrar as relações comerciais dos EUA com outras nações.
O documento aponta que, enquanto os EUA cobram apenas 2,5% de tarifa sobre o etanol importado, o Brasil taxa o combustível norte-americano em 18%. A diferença, segundo o governo Trump, prejudica os produtores dos Estados Unidos.
“Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram somente US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, diz trecho do decreto.
Trump assinou no começo da semana uma ordem executiva que impõe tarifas de 25% sobre todas as importações norte-americanas de aço e alumínio. O Brasil acabou sendo afetado diretamente, por ser um dos principais fornecedores de aço para os Estados Unidos.
O decreto determina que a equipe econômica do governo avalie e implemente novos níveis tarifários para reequilibrar as relações comerciais. A análise levará em conta não apenas tarifas aplicadas por outros países, mas também barreiras como subsídios estatais, manipulação cambial e impostos que prejudiquem produtos norte-americanos.
As novas tarifas, no entanto, não terão efeito imediato. Estudos preliminares devem ser entregues a Trump em 1º de abril, e, segundo Howard Lutnick, indicado pelo republicano para secretário de Comércio, as tarifas podem entrar em vigor a partir do dia 2 do mesmo mês.
Confira o decreto na íntegra (em inglês).
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