A OpenAI denunciou a startup chinesa DeepSeek por suposta violação de propriedade intelectual, acusando-a de usar modelos proprietários para treinar um concorrente de código aberto. A empresa americana afirma ter encontrado evidências de que a DeepSeek utilizou a técnica de “destilação” para replicar o desempenho do GPT-4 sem autorização.
A DeepSeek surpreendeu o setor ao lançar seu modelo R1, que rivaliza com as melhores inteligências artificiais ocidentais. A denúncia da OpenAI ocorre em um momento de crescente disputa global pela liderança em IA. No ano passado, a Microsoft já havia bloqueado contas ligadas à DeepSeek por possível uso indevido da API da OpenAI.
A polêmica também afetou o mercado financeiro. As ações da Nvidia, gigante dos chips usados para treinar IA, caíram 17%, eliminando US$ 589 bilhões em valor de mercado, diante do temor de que modelos mais eficientes reduzam a demanda por hardware avançado.
China desafia a hegemonia da IA americana
A DeepSeek afirma ter treinado seu modelo com apenas 2.048 GPUs Nvidia H800 e um investimento de US$ 5,6 milhões — muito abaixo dos custos enfrentados por OpenAI e Google. Especialistas indicam que as respostas de seu modelo sugerem influência direta do GPT-4, reforçando as suspeitas de apropriação indevida.
A OpenAI alertou para o risco de startups chinesas explorarem a tecnologia americana sem autorização e prometeu medidas para proteger sua propriedade intelectual. A DeepSeek, por sua vez, não se manifestou sobre as acusações.