O partido Novo oficializou nesta segunda-feira (27) as candidaturas de Marcel van Hattem (RS) à presidência da Câmara dos Deputados e Eduardo Girão (CE) ao Senado, em oposição aos candidatos hegemônicos, que já garantiram o apoio das principais bancadas, incluindo governo, oposição e centro.
Ao justificar sua candidatura, Van Hattem critica a ausência de alternativas viáveis na Câmara e reafirma seu compromisso com pautas como o impeachment de Lula, a anistia aos envolvidos nas manifestações do 8 de janeiro, a defesa das prerrogativas parlamentares e o combate ao abuso de autoridade. “Nosso compromisso é com o Brasil, não com barganhas políticas.”
No Senado, Girão defende uma presidência independente e critica a “ditadura da toga” e o “regime de Lula”. Contra Davi Alcolumbre, ele diz que o senador, em sua primeira gestão no comando da Casa, foi responsável por enfraquecer o papel do Senado diante do Judiciário. “Represento brasileiros que não se submetem a esse modelo autoritário.”
As eleições para as presidências da Câmara e do Senado ocorrem no próximo sábado (1º), com a definição também dos integrantes das Mesas Diretoras. Como são eleições internas e com voto secreto, a pressão popular é exercida apenas indiretamente.
O Novo, que possui bancadas reduzidas, tem menos a perder do que o PL, por exemplo, que apoia Alcolumbre na expectativa de ficar com a vice-presidência do Senado. No caso da Câmara, está em jogo também o comando da CCJ e de outras comissões importantes.