O governo de Donald Trump iniciou, nesta terça-feira (21), uma ofensiva contra imigrantes ilegais nos Estados Unidos, menos de 24 horas após sua posse. Sob a liderança de Tom Homan, chefe do Serviço de Imigração e Controle (ICE), batidas e deportações em massa foram autorizadas para cumprir decretos executivos assinados pelo novo presidente.

De acordo com Homan, os agentes de imigração atuarão em todas as regiões do país, com escritórios locais do ICE mobilizados para localizar e deportar imigrantes não documentados. “Eles vão começar a cumprir a lei como deveria ser”, afirmou. No entanto, ele não detalhou os locais específicos das operações nem confirmou se as chamadas “cidades santuários” serão alvos prioritários.

A ofensiva marca o fim da política de restrições a batidas em escolas, hospitais e igrejas, revogada pelo governo Trump. O objetivo, segundo Homan, é restaurar a aplicação rigorosa da lei de imigração, que ele considera negligenciada nos últimos anos.

As ações seguem uma série de decretos assinados por Trump no primeiro dia de governo, que incluem:

• Declaração de emergência nacional na fronteira com o México.
• Envio de contingente militar adicional para reforçar o controle da fronteira.
• Restabelecimento da política “Permanecer no México”, exigindo que solicitantes de asilo aguardem fora dos EUA.
• Fim da política de “captura e soltura”, que permitia a liberação de migrantes enquanto aguardavam audiências.
• Construção do muro na fronteira sul.

Em seu discurso de posse, Trump justificou a declaração de emergência nacional citando a gravidade da crise migratória e seu impacto na segurança nacional. “Devido à ameaça iminente, é necessário que as Forças Armadas tomem todas as medidas apropriadas para garantir o controle operacional total da fronteira sul”, declarou.