O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (11) que a decisão do Banco Central (BC) de aumentar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, foi parcialmente surpreendente, mas já havia indícios no mercado de que esse patamar seria alcançado.
“Foi uma surpresa por um lado, mas por outro havia precificação nesse sentido. Vou analisar o comunicado com calma e conversar com algumas pessoas após o período de silêncio [do BC]”, disse Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda.
Perguntado se o pacote fiscal influenciou a decisão do Copom, Haddad destacou que o governo enviou ao Congresso um ajuste fiscal considerado adequado e politicamente viável. “Você pode mandar o dobro, mas o que importa é o que vai sair. Calibramos o ajuste para atender às necessidades da política fiscal”, afirmou, reforçando que o governo está focado em cumprir as metas estabelecidas há um ano.
O aumento da Selic foi decidido por unanimidade e sinaliza um cenário de ajustes adicionais nas próximas reuniões, caso a inflação continue em trajetória adversa. Este foi o terceiro aumento da taxa em 2024, com alta mais acentuada que os 0,5 ponto percentual aplicados na reunião anterior, em novembro.