Autoridades do regime venezuelano do ditador Maduro prenderam Juan Pablo Guanipa, aliado de María Corina Machado, na sexta-feira (23), sob acusação de “terrorismo”.
A prisão, anunciada pelo ministro do Interior Diosdado Cabello na TV estatal, acontece dois dias antes das eleições regionais e legislativas de domingo (25). Cabello classificou a captura como “gratificante” e exibiu imagens de Guanipa algemado, escoltado por policiais armados.
Sem apresentar evidências, o regime acusa Guanipa, ex-deputado e líder do partido Primero Justiça, de chefiar um grupo terrorista com planos de sabotar as eleições.
Em resposta, Guanipa publicou texto e vídeo nas redes sociais, denunciando a prisão como perseguição política. “Fui sequestrado pelo regime de Maduro. Sou mais um na lista de venezuelanos presos” afirmou. Ele estava escondido desde as eleições presidenciais de 2024, quando a oposição denunciou fraude.
María Corina Machado, também em clandestinidade, condenou a prisão de Guanipa e de outros 50 ativistas, jornalistas e defensores de direitos humanos, classificando as ações como “ataque feroz” do regime. Cabello anunciou operações contra supostos grupos terroristas, com 41 detenções, incluindo 20 estrangeiros. A escalada de prisões intensifica a tensão política no país.