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Urgente: Bolsonaro fala pela primeira vez após se tornar réu

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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para tornar Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados réus, o ex-presidente fez um pronunciamento contundente na saída do Senado Federal, denunciando o ministro Alexandre de Moraes e apontando omissões graves no inquérito.

“O que está acontecendo no Brasil é um escândalo. Um ministro do STF conduz um inquérito secreto, ignora provas da minha inocência e manipula informações para sustentar uma narrativa falsa contra mim e meus aliados. Isso é perseguição política. O Brasil não pode aceitar isso calado”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente relembrou suas declarações após as eleições de 2022:
“No dia 2 de novembro, fiz um pronunciamento claro e pacífico. Disse que as manifestações pacíficas são bem-vindas, mas que nossos métodos não poderiam ser os da esquerda. Isso não está no inquérito do ministro Moraes. Ele seleciona o que quer e ignora o resto.”

Bolsonaro negou qualquer intenção de golpe e destacou que atuou para desmobilizar caminhoneiros: “Se houvesse qualquer intenção de golpe, eu não teria permitido a transição pacífica de governo, não teria indicado os comandantes militares do governo Lula. Isso é um absurdo.”

Sobre a live de 30 de dezembro de 2022, Bolsonaro repetiu que foram respeitadas as “normas, leis e a Constituição. Mas essa parte Moraes esconde. Ele cria um processo secreto, onde apenas o que interessa à sua narrativa é usado contra mim.”

Bolsonaro desmentiu a narrativa de que havia um golpe em andamento: “O ministro diz que 500 pessoas assinaram um acordo admitindo que estavam planejando um golpe. Mas ninguém citou meu nome. Como é possível que um golpe fosse organizado sem a minha participação?”

Ele também ironizou a tese de que um decreto de estado de defesa seria prova de intenção golpista: “Qualquer decreto precisa passar pelos conselhos da República e da Defesa. Eu nunca convoquei esses conselhos. Isso é mais uma farsa criada para me incriminar.”

O ex-presidente criticou a interferência do STF nas eleições e lembrou a crise de 2014, quando o PSDB auditou as urnas, concluiu que eram inauditáveis. Bolsonaro destacou que sempre defendeu “transparência no processo” eleitoral. “Mas toda tentativa de aprimoramento foi barrada pelo STF. Eles impediram a implementação do voto impresso e agora querem calar qualquer um que questione o sistema”, disse.

“O que está acontecendo no Brasil é uma afronta à democracia. Um inquérito conduzido por um ministro autoritário, sem respeito ao devido processo legal, criminalizando adversários políticos. Mas a verdade vai aparecer”, pontuou o ex-presidente.

 

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