“Eu tenho muita esperança de que ele sairá logo do presídio e que a anistia sairá em breve.” A afirmação de Lucy Mattar, mãe de Thiago de Assis Mattar, de 44 anos, condenado a 14 anos de prisão pelos atos de 8 de janeiro, reflete o desespero e a luta das famílias dos detentos. O relato faz parte do projeto Vozes do 8 de Janeiro, que documenta as histórias dos presos políticos do movimento.
Lucy viaja quinzenalmente 790 km de Votuporanga (SP) a Brasília para visitar o filho, que cumpre pena no Complexo da Papuda. Ela denuncia as condições precárias no presídio. “A cela não tem cama. Eles dormem no chão, num colchão finíssimo. Meu filho dorme encostado no vaso sanitário. Não há luz, e a televisão que levei é a única fonte de iluminação.”
🚨URGENTE – Veja a história de Thiago de Assis Mattar, de 44 anos, condenado a 14 anos pelo dia 8 e não deixe que sua voz seja silenciada!
“Eu tenho muita esperança que ele sairá logo do presídio e que a anistia sairá em breve”, diz sua mãe. pic.twitter.com/VsCLP2pkSA
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) February 3, 2025
Thiago foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como “golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada”. Sua mãe contesta a decisão. “No julgamento, mostraram vídeos dele circulando pelo Palácio do Planalto, mas em momento algum ele mexe em nada. Ele entrou porque as portas estavam abertas e os policiais chamavam para entrar. Nenhuma digital dele foi apresentada como prova.”
Além das péssimas condições na prisão, Lucy destaca a alimentação inadequada. “Meu filho não se adaptou à comida do presídio. Ele mexe na marmita e não consegue comer. Meu outro filho, que é médico, precisou receitar remédio para gastrite.”
Apesar das dificuldades, Lucy se mantém firme. “Nunca esmoreci nesses quase dois anos. Sempre visito meu filho. Mas cada vez que volto para casa, a tristeza toma conta. Ele me diz que não fez nada para merecer isso. Diz que, se provassem algo, aceitaria ficar 24 anos lá dentro. Mas sabe que nada fez, e isso dói muito.”
A defesa de Thiago entrou com um pedido de habeas corpus, mas o ministro Edson Fachin negou a solicitação, alegando que “não cabe habeas corpus contra decisão de um ministro do STF”.
O caso de Thiago é mais um exemplo das punições severas aplicadas aos manifestantes de 8 de janeiro, enquanto o governo Lula segue ignorando os apelos por justiça.
Uma resposta
O Brasil sob a botina fedorenta do STF tornou-se uma terra sem lei, que massacra inocentes e celebra corruptos e traficantes.
A justiça humana faliu e só podemos clamar pela justiça divina. Espero que esses demônios do STF algum dia apodreçam no inferno, o único lugar ao qual pertencem.