O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a licitação de R$ 197,7 milhões promovida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). O contrato, com duração de um ano, prevê a contratação de empresas especializadas em comunicação digital para assessorar e gerenciar as redes sociais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em julho de 2024, o certame foi suspenso por determinação do ministro Aroldo Cedraz após indícios de vazamento de propostas. A área técnica do TCU apontou que um veículo de comunicação divulgou os resultados da disputa de forma cifrada antes da abertura oficial dos envelopes. Na época, a Advocacia-Geral da União preparou respostas para permitir a continuidade do processo.
Ao liberar a licitação, Cedraz destacou a ausência de provas concretas sobre irregularidades graves e afirmou:
“Não há óbices a que a Secom/PR promova a contratação do serviço objeto da licitação, aproveitando-se os atos praticados no certame precedente.”
A decisão do TCU ocorre após mudanças na liderança da Secom. Paulo Pimenta foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, que assumiu o cargo na última terça-feira (7). Segundo Pimenta, a troca atende à busca do presidente Lula por um perfil diferente para o comando da pasta.
Logo ao assumir, Sidônio demitiu o secretário de imprensa José Chrispiniano, que ocupava o cargo desde 2011. Ele será substituído por Laércio Portela, atual secretário de Comunicação Institucional. A mudança foi condição imposta por Sidônio para integrar o governo.
Sidônio planeja outras alterações na equipe, mas nomes ligados diretamente a Lula e à primeira-dama, Janja Lula da Silva, devem permanecer. Ele enfatizou que a prioridade será alinhar a comunicação governamental às expectativas da população e à percepção popular das ações do Executivo.