O Senado deve instalar suas comissões na próxima terça-feira (11), após atraso na definição dos nomes pelos líderes partidários. O processo fortalece o governo Lula, com aliados no comando das principais comissões da Casa.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante do Senado, ficará sob a presidência de Otto Alencar (PSD-BA), que já se manifestou contra qualquer anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro. A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) será presidida por Renan Calheiros (MDB-AL), que terá papel central na análise de temas econômicos sensíveis ao governo.
No MDB, além de Renan, Marcelo Castro (PI) assumirá a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), e o partido também ficará com a Comissão Mista de Mudanças Climáticas. O Republicanos, por sua vez, comandará a Comissão de Direitos Humanos (CDH), com a senadora Damares Alves (DF) como presidente.
O PL, principal partido de oposição, garantiu o controle de duas comissões: Segurança Pública (CSP), que será liderada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e Infraestrutura (CI), sob Marcos Rogério (PL-RO). Flávio prometeu endurecer a legislação penal e enfrentar medidas como a audiência de custódia, que, segundo ele, facilita a impunidade.
Já a Comissão de Relações Exteriores (CRE) deve ser presidida por Nelsinho Trad (PSD-MS), que criticou o tratamento dispensado pelos EUA a brasileiros deportados.
Com aliados do governo Lula nas principais comissões e a oposição tentando ampliar espaço, o novo cenário no Senado promete embates políticos relevantes nos próximos meses.