O PSD tem manifestado insatisfação com os ministérios que ocupa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sigla, que comanda as pastas de Minas e Energia, Agricultura e Pesca, considera que os órgãos carecem de potencial para gerar resultados expressivos e visibilidade política, especialmente com a proximidade das eleições de 2026.
Segundo lideranças do partido, o Ministério de Minas e Energia carece de projetos de impacto, enquanto a Agricultura é vista apenas como coadjuvante do agronegócio, e a Pesca é descrita como “sem rede nem anzol”. Na proposta orçamentária de 2025, as pastas lideradas pelo PSD ocupam posições intermediárias ou baixas em repasses: Agricultura e Minas e Energia recebem cerca de R$ 10 bilhões cada, enquanto a Pesca tem apenas R$ 257 milhões.
A insatisfação do PSD cresce ao comparar sua posição com ministérios controlados pelo MDB, como Transportes e Cidades, que entregam obras de infraestrutura e programas populares como o Minha Casa, Minha Vida. Também é alvo de queixas o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, comandado por Waldez Góes (PDT), considerado estratégico e que está sob a influência de Davi Alcolumbre (União Brasil).
A pressão por cargos mais relevantes ocorre em um momento de articulação para uma possível reforma ministerial, com o PSD mirando pastas de maior impacto que possam fortalecer sua base e servir de vitrine para as eleições futuras.