O PCC (Primeiro Comando da Capital) está presente em 24 Estados e no Distrito Federal, superando a atuação do McDonald’s, que possui unidades em 23 Estados. A facção só não exerce influência no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, onde outras organizações criminosas, como o Comando Vermelho e o Bala na Cara, dominam. Os dados são do Mapa das Organizações Criminosas de 2024, do Ministério da Justiça, e a pesquisa divulgada pelo Poder360.
Fundado em 1993, em Taubaté (SP), o PCC conta com mais de 40 mil membros e movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano, conforme o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. A facção se financia pelo tráfico de drogas, roubos de carga, assaltos a bancos e sequestros. Além do Brasil, atua em países como Paraguai, Colômbia e Bolívia, controlando rotas do tráfico.
A violência é marca registrada da facção. Em novembro, um ex-membro delator foi morto no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Vinícius Gritzbach havia revelado nomes de líderes do PCC e policiais corruptos. A capacidade de executar adversários em locais públicos é uma demonstração do poder do grupo.
Durante as eleições municipais de 2024, o PCC foi tema de disputa em São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o crime organizado orientou votos a favor de Guilherme Boulos (Psol), adversário de Ricardo Nunes (MDB). O caso gerou acusações de crime eleitoral.
A estrutura organizada, a diversificação de atividades criminosas e a infiltração política consolidam o PCC como a maior organização criminosa do Brasil. Seu alcance supera o de grandes empresas, como o McDonald’s, em uma alusia à expansão desenfreada do crime organizado no país.