Sidônio Palmeira, publicitário que comanda a Secom de Lula, culpou uma suposta “herança” deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma das culpadas pela queda da popularidade do petista.
Nos últimos meses, a desaprovação ao presidente tem superado a aprovação. A piora nos índices é atribuída, em grande parte, à alta dos alimentos, à disparada do dólar, a crises como a da “taxa das blusinhas”, à polêmica do PIX e até as ‘gastanças’ da primeira-dama, Janja.
Ainda assim, Sidônio insiste que o governo petista sofre os efeitos do legado deixado pelo governo Bolsonaro.
“Quando o governo assumiu, faltou comunicar qual herança encontrou. Como estava a educação? E a saúde? De que maneira enfrentamos a pandemia de um jeito caótico? Estivemos diante de um país destruído, com muitos programas encerrados. Havíamos retornado para o Mapa da Fome”, afirmou o responsável pela campanha eleitoral de Lula em 2022, em entrevista ao jornal O Globo.
“Tudo na vida é uma questão de referência. Se você tem um copo que está pela metade, mas não diz que ele estava vazio antes, a metade vai ser considerada pouco”, acrescentou.
O ministro também minimizou e justificou as declarações machistas de Lula durante discursos. Na mais recente, o petista se referiu à diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, como “mulherzinha”.
“Todo mundo que se comunica está sujeito a algumas situações. Ele não pode perder a naturalidade e o jeito dele ser. O presidente é o maior comunicador do governo. Em alguns momentos, pode-se ler um discurso; em outros, falar de improviso. Tudo é comunicação. Vai depender do evento”, argumentou Sidônio.