A escalada da violência no Ceará chegou a um nível alarmante. Facções criminosas não apenas desafiam o Estado, mas impõem um domínio paralelo, aterrorizando a população. O episódio mais recente – a invasão de um velório e a queima do corpo de um rival morto em confronto com a polícia – expõe a total falência da segurança pública sob a gestão do governador Elmano de Freitas (PT).
Diante do caos, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) intensificou a cobrança por uma intervenção federal na segurança do Estado, na última terça-feira (01). O parlamentar apelou diretamente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para interceder junto ao presidente Lula. O pedido de Girão, feito há sete dias, segue sem resposta do Palácio do Planalto.
“O Ceará está vivendo uma pandemia de violência. A população tem medo de sair de casa. Não há mais controle. Já pedi formalmente ao presidente Lula uma intervenção, como ocorreu no governo Bolsonaro, quando Sérgio Moro foi ao Estado e resolveu o problema”, declarou Girão na tribuna.
O episódio em Trairi escancarou o terror imposto pelo crime organizado. Durante um velório, facções criminosas invadiram o local e incendiaram o corpo de um jovem faccionado, que havia morrido em confronto com a polícia. O crime chocou a população e serviu de alerta para a total ausência do Estado.
“O crime não deixa nem enterrar os mortos”, disse Girão.
Enquanto isso, ataques a provedores de internet, bloqueios de vias e o domínio de territórios pelo crime organizado mostram que o governo petista do Ceará perdeu completamente o controle.
“Os ataques aos provedores de internet mostram que a situação saiu do controle. O Ceará é um ponto estratégico para a conectividade do Brasil com o mundo! 90% da internet que liga o país à Europa passa pela Praia do Futuro. Estamos em risco!”, disse Girão.
O pedido formal do senador já completou sete dias sem qualquer resposta do governo federal. Porém, Girão insisitiu que ajuda do governo petista tem que vir independente de linha ideológica.
“Não tem que ter partido, não tem que ter esquerda ou direita. Precisamos de intervenção no Ceará agora! Não podemos aceitar que o Senado e a Presidência da República fiquem de braços cruzados enquanto o povo morre e o crime governa o Estado!”
O silêncio do governo federal diante da crise evidencia a negligência da gestão petista com a segurança pública. O histórico não é novidade: em 2020, durante a onda de motins no Ceará, o então governador Camilo Santana (PT) precisou recorrer ao governo Bolsonaro, que enviou tropas federais e conteve o caos.
Assista o discurso do senador:
TÁ ESPERANDO ACONTECER +O QUÊ,LULA?É HORA DE DEIXAR A POLÍTICA DE LADO E CUIDAR DOS CEARENSES!#intervencaonasegurança
Expus a crise aguda na segurança pública do Ceará ao Pres do @senadofederal ,apelando q o mesmo intermedie junto ao Lula uma solução p/ essa emergência q aflige… pic.twitter.com/8PAYZKczui— Eduardo Girão (@EduGiraoOficial) April 2, 2025