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“Nós somos réus por nossas palavras”, diz Gayer a OEA

O deputado federal Gustavo Gayer fez um discurso contundente ao confrontar um relator da OEA, denunciando a crescente censura no Brasil e a omissão de organismos internacionais diante dos abusos cometidos pelo Judiciário.

“Se for esperar o Brasil virar uma Venezuela, vai ter que fazer, igual você faz no Twitter, nota de repúdio para jornalistas presos em ditaduras.”

Gayer relembrou que, em reuniões passadas, alertou sobre a perseguição política no país, mas nenhuma providência foi tomada. Ele citou casos de parlamentares e jornalistas investigados ou silenciados por expressarem opiniões contrárias ao sistema. O deputado ressaltou que a liberdade de expressão deveria ser protegida pela Constituição, mas na prática, tornou-se um risco.

O parlamentar mencionou a atuação do STF, que, segundo ele, interfere diretamente no Congresso e impede avanços democráticos, como a implementação do voto impresso. Ele acusou ministros de pressionarem partidos para barrar o projeto, favorecendo a manutenção do atual sistema eleitoral.

Gayer também denunciou que opositores do governo enfrentam censura, mandados de busca e apreensão e até prisões arbitrárias. Relatou que foi alvo da Polícia Federal em uma operação ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, tendo sua residência invadida e sua família intimidada.

O deputado criticou a seletividade da OEA ao ignorar violações de direitos humanos contra jornalistas conservadores, enquanto se cala diante do fechamento de veículos de comunicação independentes e da perseguição a figuras como Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino.

Para ele, a omissão da organização internacional contribui para a escalada autoritária no Brasil. “Se alguma coisa tivesse sido feita desde as primeiras reuniões, talvez hoje nós não estaríamos nessa situação calamitosa.”

Gayer encerrou seu discurso cobrando ações concretas da OEA e alertando que, se nada for feito, o Brasil seguirá o caminho de regimes autoritários.

Assista ao trecho:

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Redação

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