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Musk critica proibição do X na China e defende TikTok nos EUA

Elon Musk, bilionário e CEO da rede social X (antigo Twitter), criticou a proibição de sua plataforma na China, classificando a relação tecnológica entre Estados Unidos e China como “desequilibrada”. Em publicação no último domingo (19), Musk também se opôs ao banimento do TikTok nos EUA, medida que poderia beneficiar o X, defendendo a liberdade de expressão como princípio.

“Há muito tempo que sou contra a proibição do TikTok, porque vai contra a liberdade de expressão. Dito isto, a situação atual em que o TikTok pode operar na América, mas o 𝕏 não pode operar na China, é desequilibrada. Algo precisa mudar”, afirmou Musk em seu perfil na plataforma.

As críticas de Musk surgem após o presidente eleito Donald Trump (Republicano) sinalizar que “muito provavelmente” estenderá o prazo para o ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, vender suas operações nos EUA. A rede social foi parcialmente restaurada no país após um curto período de proibição.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, respondeu nesta segunda-feira (20) às declarações de Musk, afirmando que Pequim acolhe empresas estrangeiras que respeitem as leis chinesas e espera que grupos chineses no exterior cumpram as regras locais. Sobre o TikTok, Mao disse que as empresas chinesas deveriam “decidir de forma independente” sobre suas operações.

Ainda no domingo, Musk se reuniu com o vice-presidente chinês Han Zheng, representante de Xi Jinping na posse de Trump. Durante o encontro, Han elogiou empresas como Tesla, destacando seu papel no fortalecimento das relações econômicas entre os países. Ele descreveu os negócios dos EUA como a “espinha dorsal” das relações bilaterais e incentivou a cooperação empresarial.

A crítica de Musk à assimetria nas políticas tecnológicas reflete as tensões persistentes entre as duas maiores economias do mundo, especialmente no setor de inovação digital.

Trump ainda neste domingo anunciou que o TikTok seria reativado no país. O aplicativo havia sido banido pela legislação que exige a venda das operações da ByteDance, sua controladora chinesa, a uma empresa norte-americana.

“A partir de hoje, o TikTok está de volta”, declarou Trump em um comício de vitória em Washington, D.C., antes de sua posse como o 47º presidente dos EUA. Ele prometeu emitir, no primeiro dia de mandato, uma ordem executiva para adiar a proibição do aplicativo.

Após o anúncio, o TikTok começou a restaurar parcialmente suas operações no país e agradeceu Trump pela “clareza e garantia necessárias” para sua continuidade.

Trump condicionou a permanência do TikTok a uma joint venture com 50% de participação norte-americana. “Com nossa aprovação, o TikTok vale centenas de bilhões de dólares — talvez trilhões. Sem ela, ele não existe”, afirmou.

O aplicativo foi proibido em abril de 2024, sob a gestão de Joe Biden, por supostos riscos à segurança nacional relacionados à coleta de dados confidenciais dos usuários.

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Redação

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