O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (28) que não pode “ser responsabilizado por erros de terceiros”. A declaração foi feita durante reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), diante de conselheiros que representam aposentados e pensionistas.
Lupi assegurou que as investigações estão em andamento e que os culpados serão punidos. Segundo ele, o relatório final da Polícia Federal será fundamental para “separar o joio do trigo” dentro do Conselho.
“Se tiver algum dos nossos aqui [na lista de indiciados da PF], que estejam na cadeia. Não estou aqui para proteger ninguém que cometeu irregularidades. Agora, eu não posso, nem o Conselho, nem nenhum de vocês ser responsabilizado por erros de terceiros”, destacou.
O ministro reforçou ainda que as auditorias sobre os descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados foram feitas a pedido de sua própria pasta, e que por isso “não tem preocupação nenhuma”.
“Não somos citados [no inquérito] por nenhuma irregularidade, muito menos por omissão. Eu posso ter todos os erros da minha vida, mas eu nunca me escondo de nada”, declarou Lupi.
O CNPS é o órgão superior que define diretrizes gerais e participa da gestão da Previdência Social no Brasil. No domingo (27), o ministro já havia negado qualquer omissão sobre as denúncias, afirmando que a responsabilidade pela demora na apuração recai sobre o então diretor do Departamento de Benefícios e Relacionamento, André Fidelis, exonerado em julho de 2024.
“Omissão não teve. O meu papel era mandar apurar e isso foi feito”, afirmou Lupi.
Em entrevista à CNN, o ministro também explicou que o volume de dados analisado é elevado, envolvendo cerca de seis milhões de aposentados e pensionistas.
“Sempre houve denúncias, mas nunca houve uma ação do governo, como a nossa, para investigar eventuais irregularidades”, concluiu.