Durante reunião ministerial nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu o alto custo dos alimentos no Brasil e afirmou que é responsabilidade do governo reduzir os preços. “Os alimentos estão caros na mesa do trabalhador. Todo ministro sabe disso. É nossa tarefa garantir que o alimento chegue à mesa do povo brasileiro em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, declarou o presidente.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado pelo IBGE, mostrou uma inflação de 4,8% em 2024. No entanto, os alimentos tiveram alta quase duas vezes maior, atingindo 8,23%. A cesta básica ficou mais cara em todas as 17 capitais analisadas pelo Dieese, com destaque para João Pessoa, onde o aumento foi de 11,91%.
A carne, item essencial na mesa do brasileiro, subiu 20,4% em 2024, superando até mesmo os índices registrados durante a pandemia, quando o aumento foi de 17%. A alta contraria promessas de campanha de Lula, que havia afirmado que colocaria a carne de volta ao prato do trabalhador.
Com a promessa de priorizar a “comida barata” como política central, o governo Lula enfrenta um desafio crescente: cumprir as expectativas de campanha em um cenário de alta generalizada nos preços e insatisfação popular.