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Líder do Republicanos cobra “medidas urgentes” de Lula para proteger agronegócio de tarifas de Trump

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O líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus, cobrou do governo Lula a adoção de “medidas urgentes” para proteger o agronegócio brasileiro, em resposta à decisão do presidente americano Donald Trump, anunciada na semana passada, de impor uma “tarifa recíproca” de 10% sobre as importações de produtos do Brasil.

As demandas foram encaminhadas ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. De acordo com o senador, a proposta tem como objetivo preservar a competitividade dos produtos nacionais no mercado internacional, além de proteger empregos e garantir a renda no setor rural.

Entre as “medidas urgentes” sugeridas por Mecias está a sanção imediata, por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da chamada “Lei da Reciprocidade” (PL nº 2.088/2023), já aprovada pelo Congresso. O projeto estabelece mecanismos de defesa comercial e autoriza retaliações a práticas discriminatórias no comércio exterior, fortalecendo a posição do Brasil em negociações internacionais.

O parlamentar também defende a criação de uma mesa de diálogo entre o Executivo, o Congresso e o setor produtivo, com o intuito de formular estratégias conjuntas. Além disso, propõe a abertura de negociações diplomáticas com os Estados Unidos e países aliados para discutir a revisão das tarifas impostas.

“A elevação unilateral dessas tarifas compromete a competitividade do nosso agronegócio, afeta cadeias produtivas inteiras e ameaça a geração de empregos e divisas para o país. O Brasil precisa agir com firmeza e unidade para proteger os interesses nacionais”, afirmou o senador.

Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), 19 produtos brasileiros foram diretamente afetados pelas novas medidas, entre eles suco de laranja, carne bovina e etanol. As tarifas médias saltaram de 3,9% para 13,9%.

Mecias também ressaltou que sua proposta está em consonância com a Constituição, que prevê princípios como a independência nas relações internacionais, a valorização do setor produtivo e o fortalecimento da política agrícola com participação ativa do setor.

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