O juiz federal substituto Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Luis Alfeu Alves de Mendonça por envolvimento em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro durante os anos de 2011 e 2012. A decisão, baseada em denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal em 2020, ocorre no contexto da operação Lava Jato.
Segundo a sentença, Mendonça pagou mais de R$ 5,6 milhões em propina a Duque para favorecer sua empresa, a Multitek Engenharia, em contratos e licitações com a Petrobras que superaram os R$ 525 milhões. O repasse teria sido operacionalizado com ajuda dos irmãos Milton e José Adolfo Pascowitch, operadores financeiros notórios no escândalo que envolveu estatais e políticos de diversos partidos.
A defesa de Mendonça negou que a Multitek tenha se beneficiado dos contratos, enquanto os advogados de Duque alegaram que as acusações se sustentam apenas em delações premiadas. O juiz, no entanto, rejeitou os argumentos e impôs penas severas: Mendonça foi condenado a 11 anos, 6 meses e 22 dias de prisão, enquanto Duque recebeu 29 anos e 2 meses, sua quinta condenação na Lava Jato.
A sentença também determinou o confisco de R$ 3,4 milhões em bens dos réus, incluindo a escultura “Raízes”, de Frans Krajcberg, encontrada na casa de Duque. A obra, considerada adquirida com dinheiro ilícito, será mantida no acervo do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, até decisão definitiva da Justiça.
Nada que um recurso ao consórcio PT-STF, não resolva fácil fácil.