O governo de Israel e o Hamas fecharam um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, com previsão de libertação de reféns e prisioneiros palestinos em etapas. A trégua, negociada sob mediação internacional, ainda não foi anunciada oficialmente, mas é vista como o início de um esforço para aliviar a violência na região.
De acordo com fontes ouvidas pela CNN Internacional, na primeira etapa do acordo, o Hamas e grupos aliados libertarão 33 reféns capturados desde 7 de outubro de 2023, incluindo mulheres, crianças, idosos e feridos. Em troca, Israel soltará centenas de prisioneiros palestinos, entre eles indivíduos condenados por crimes graves.
O Hamas destacou que o acordo é resultado de consultas com aliados e busca “parar a agressão sionista e os massacres enfrentados pela população de Gaza”.
O cessar-fogo está estruturado em três fases, com a primeira durando 42 dias. Apesar disso, não há garantia de continuidade após essa etapa inicial. A segunda fase, que começaria no 16º dia, focaria na negociação para encerrar a guerra e na possível retirada das forças israelenses de Gaza.
Israel, no entanto, mantém reservas quanto a comprometer-se com um fim definitivo do conflito. Um dos pontos de tensão inclui a manutenção de zonas de segurança e a presença militar na região.
Nos Estados Unidos, o presidente eleito Donald Trump celebrou o acordo como um “marco para a paz” e reforçou o compromisso de garantir a segurança de aliados na região. Em publicações nas redes sociais, prometeu ampliar os “Acordos de Abraham” e impedir que Gaza se torne um “porto seguro para terroristas”.
Apesar do avanço, o acordo é visto como frágil. Mediadores internacionais afirmam que novas fases dependerão de um equilíbrio delicado entre as demandas de ambas as partes. Para civis na Faixa de Gaza, o cessar-fogo traz esperança, mas a recuperação da normalidade parece um objetivo distante.