A inflação anual da Argentina deve cair para 85% em janeiro de 2025, segundo estimativas da agência Austin Rating. Será a primeira vez em dois anos que a taxa ficará abaixo de 100%. Em abril de 2024, a inflação atingiu o pico de 289,4%, já sob o governo de Javier Milei.
Milei tem adotado cortes de gastos, reduzindo subsídios e intervenção do Estado. Em seu primeiro decreto, enxugou o número de ministérios de 18 para 9, paralisou obras públicas e limitou repasses a províncias, saúde e educação. O veto a reajustes de aposentadorias e outras medidas garantiram superávit fiscal.
Para o economista Alex Agostini, da Austin Rating, os preços continuam subindo, mas em ritmo menor. Ele aponta que a desvalorização do peso no início do governo Milei impulsionou os preços, mas a base de comparação agora é maior. Além disso, a recessão freia o consumo e pressiona a inflação para baixo.
A economia argentina deve encolher 3,5% em 2024, após retração de 1,6% em 2023. O desemprego subiu de 6,1% para 8,2%, agravando a crise social.