Desde a noite de terça-feira (7), incêndios florestais em Los Angeles e arredores já causaram cinco mortes, destruíram cerca de 2 mil estruturas e forçaram mais de 150 mil pessoas a deixarem suas casas. Segundo o Corpo de Bombeiros de Los Angeles (LAFD), cinco grandes focos ainda estão ativos, afetando uma área de mais de 117 km².
O fogo se intensificou com ventos de mais de 120 km/h, iniciando em Pacific Palisades, um bairro conhecido por mansões de celebridades, e se espalhando para regiões como Pasadena e Hollywood Hills. Apesar da redução dos ventos, um novo foco surgiu em Studio City na quarta-feira (8.jan), aumentando os alertas de evacuação para Santa Mônica e áreas próximas.
A seca prolongada de oito meses, combinada com umidade de apenas 8%, agravou a propagação do fogo. Em algumas regiões, hidrantes estavam secos, comprometendo os esforços dos bombeiros. O Departamento de Água e Energia de Los Angeles emitiu alertas sobre possível contaminação no abastecimento de água em Pacific Palisades e Pasadena.
Enquanto isso, o xerife do Condado de Los Angeles, Robert Luna, confirmou a prisão de três suspeitos por saques em áreas evacuadas. Ele alertou: “Você será pego, preso e processado. Não faça isso”.
A qualidade do ar atingiu níveis críticos, forçando o cancelamento de aulas em escolas públicas de Los Angeles, Santa Mônica e Pasadena. Empresas e parques de diversão fecharam, e eventos esportivos e culturais foram suspensos.
O presidente Joe Biden cancelou uma viagem à Itália para coordenar a resposta federal aos incêndios. Enquanto as causas específicas ainda estão sob investigação, a tragédia expôs a fragilidade da infraestrutura da cidade para lidar com desastres naturais.
Com ventos diminuindo e aeronaves sendo usadas no combate ao fogo, os bombeiros continuam lutando para controlar as chamas. A situação, porém, permanece crítica, e novos focos podem surgir a qualquer momento.