O cantor Gusttavo Lima se reuniu nesta segunda-feira (8) em sua mansão em Goiânia com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, para debater sua possível filiação ao partido.
Na última sexta-feira, Caiado, amigo pessoal de Lima, fez o convite formal ao artista, que pediu tempo para refletir. Pessoas próximas afirmam que um acordo preliminar foi traçado: o partido testará o nome de Lima em pesquisas eleitorais.
A primeira sondagem, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, revelou resultados modestos. Em um dos cenários, Lima aparece com 1,3% das intenções de voto, atrás de nomes como Sérgio Moro (União) e Pablo Marçal (PRTB). Apesar disso, Antônio Rueda considera o cantor um ativo político valioso, destacando sua capacidade de engajamento com os mais de 45 milhões de seguidores no Instagram.
Nos bastidores, Caiado articula para que Lima dispute o governo de Goiás em 2026, sucedendo-o no cargo. Em paralelo, o cantor já manifestou interesse em concorrer à Presidência, cargo também almejado pelo governador.
Durante a campanha de 2022, Lima apoiou Jair Bolsonaro, que chegou a convidá-lo para se filiar ao PL e disputar o Senado por Goiás. No entanto, a relação com Caiado parece pesar mais nas escolhas do artista.
Gusttavo Lima está no radar da CPI das Bets no Senado, que investiga lavagem de dinheiro no setor de apostas online. Sua convocação foi aprovada em novembro, adicionando um elemento de tensão às suas movimentações políticas.
Além disso, o cantor e Caiado enfrentaram polêmicas após uma celebração em um iate na Grécia, onde foram fotografados com investigados pela Polícia Civil em uma operação sobre jogos de azar.
O União Brasil aposta na popularidade do artista como um trunfo eleitoral, seja em Goiás ou como cabo eleitoral para Caiado, que almeja a Presidência. Pesquisas adicionais testarão o desempenho de Lima tanto no estado quanto no cenário nacional.
O movimento sinaliza a crescente convergência entre política e celebridades, com Gusttavo Lima emergindo como uma figura que o União Brasil acredita poder capitalizar.