O governo Lula prepara uma campanha publicitária de até R$ 50 milhões para esclarecer que não haverá taxação sobre o Pix, segundo informações do portal O Antagonista. A decisão foi tomada após a polêmica causada por uma instrução normativa da Receita Federal que previa monitoramento de transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para jurídicas.
A norma, alvo de críticas intensas nas redes sociais e no Congresso Nacional, foi revogada na semana passada após pressão popular e de parlamentares. Representantes do Palácio do Planalto já se reuniram com quatro agências de publicidade — Calia, Nacional, Propeg e Nova — para definir a campanha.
Além do gasto publicitário, o governo busca responsabilizar deputados e senadores que criticaram a medida. O advogado-geral da União, Jorge Messias, acionou a Polícia Federal para investigar quem propagou a narrativa de que o Pix seria taxado, acusando-os de estimular crimes contra a economia popular. “Identificamos crimes contra a economia popular, e por isso pedimos à Polícia Federal que abra inquéritos”, declarou Messias.
Na semana passada, Lula assinou uma medida provisória para multar quem aplicar taxas adicionais em transações via Pix, como tentativa de conter o desgaste. No entanto, a oposição ao governo, especialmente nas redes sociais, intensificou a pressão pela revogação do monitoramento.
Parlamentares como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) mobilizaram milhões de apoiadores contra a medida. Em um vídeo criticando duramente o governo, Nikolas obteve mais de 300 milhões de visualizações em 24 horas, reforçando a resistência popular à iniciativa da Receita Federal.