O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, afirmou nesta terça-feira (20) que os bancos estudam novas formas de reforçar a segurança dos empréstimos consignados. Segundo ele, as medidas vão “além da biometria”, mas evitou detalhar quais seriam.
“Vamos continuar tomando [medidas] para que possamos ter toda a segurança de que não há terceiros fraudando ou […] induzindo a erros aposentados e pensionistas na tomada de um crédito”, disse Sidney a jornalistas.
A declaração foi dada após uma reunião em Brasília com o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o presidente do INSS, Gilberto Waller. O encontro tratou das falhas nos mecanismos de controle dos consignados, especialmente diante das denúncias reveladas em abril pela Polícia Federal.
A investigação mostrou que sindicatos e associações atuaram em um esquema de retenção indevida de benefícios do INSS entre 2019 e 2024, movimentando mais de R$ 6 bilhões. Diante do roubo dos aposentados, o governo determinou o bloqueio preventivo de descontos e passou a exigir biometria para autorizar financiamentos.
Isaac Sidney reforçou que os bancos querem colaborar com o aprimoramento das regras.
“Discutimos propostas de aprimoramento que possam dar mais segurança no acesso a dados dos beneficiários, dos benefícios do INSS, para que o aposentado não sofra assédios e para que nós tenhamos a segurança da autenticação”, afirmou.