O Rio de Janeiro enfrenta uma escalada alarmante na criminalidade, com uma explosão nos roubos de veículos no último fim de semana. Entre quinta-feira (30) e domingo (2), foram registrados 798 casos no estado, o que equivale a uma média assustadora de 200 roubos por dia, segundo dados da própria polícia. Esse número representa um aumento de 168% em relação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 298 roubos.
Os números expõem a crescente insegurança no Rio. Em 2024, o estado registrou 30.934 roubos de veículos, um aumento de 39% em comparação com 2023. Pela primeira vez em 20 anos, esse tipo de crime superou os roubos a pedestres, evidenciando o fracasso das políticas de segurança pública na contenção da violência.
O secretário de Segurança, Victor Cesar Santos, afirmou ao RJ2, da TV Globo, que o policiamento foi reforçado em áreas mais afetadas. No entanto, os resultados são questionáveis, diante do aumento desenfreado da criminalidade. Em nota, a Polícia Militar revelou que facções criminosas ordenaram uma onda de roubos de veículos como retaliação às ações das forças de segurança – uma demonstração de ousadia dos criminosos diante da falta de medidas eficazes para combatê-los.
A violência atingiu um novo patamar nesta segunda-feira (3), quando um arrastão na Linha Amarela terminou com a morte brutal de Alexander de Araújo Carvalho, de 46 anos, agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Testemunhas relataram que, ao perceber o assalto, Alexander tentou fugir, mas foi alvejado pelas costas e, já caído no chão, sofreu novos disparos. O episódio reforça a impunidade e o domínio do crime sobre o cotidiano da população.
A situação se agravou ainda mais com o desrespeito ao agente morto. Um vídeo flagrou um homem furtando o celular da vítima ao lado de seu corpo, cena que simboliza o colapso da ordem pública no Rio de Janeiro. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso, mas, diante do caos crescente, a população segue refém da criminalidade, sem perspectivas de segurança real.