A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram buscas nesta terça-feira (11) contra um grupo suspeito de fraudar licitações na área de terceirização. O principal alvo é a empresa R7 Facilities, que mantém contratos milionários com o governo, incluindo a própria PF.
As investigações apontam que o grupo utilizava documentos falsos para obter benefícios fiscais e oferecer preços abaixo da concorrência, além de registrar empresas em nome de “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários.
A R7 Facilities venceu uma licitação de R$ 321 milhões para prestação de serviços gerais ao governo federal, mas foi desclassificada pelo Ministério da Gestão e Inovação após a CGU identificar irregularidades no uso da desoneração da folha de pagamentos.
Além disso, a empresa é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por supostamente estar registrada em nome de terceiros e por contratos suspeitos com o sistema prisional, incluindo o presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), de onde presos fugiram no início de 2024.
Durante as buscas, dois homens foram presos em flagrante por posse ilegal de armas, incluindo o ex-deputado distrital Carlos Tabanez (MDB), sócio da empresa. Com ele, a PF apreendeu dois revólveres calibre .38.
A Operação Dissímulo investiga crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos e fraude em licitações. Segundo a PF, medidas estão sendo adotadas para evitar impactos nos contratos vigentes.
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