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Dólar recua antes da Páscoa com tensão entre EUA e China

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O dólar encerrou a semana em queda de 1,14%, cotado a R$ 5,804 nesta quinta-feira (17), véspera do feriado da Páscoa. No dia, a moeda norte-americana caiu 1,03%, com máxima registrada às 9h10, a R$ 5,888, e mínima por volta de 15h30, quando bateu R$ 5,796.

O Ibovespa também teve desempenho positivo, fechando o dia com alta de 1,04% e encerrando aos 129.650,03 pontos. Na semana, o principal índice da bolsa brasileira acumulou avanço de 1,54%.

O cenário foi marcado pela cautela dos investidores diante das novas medidas protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A Casa Branca anunciou na terça-feira (15) que a China poderá ser alvo de tarifas de até 245% sobre alguns produtos exportados ao país, em resposta ao que chamou de “ações retaliatórias” no contexto da guerra comercial.

As falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também influenciaram o mercado. Na quarta-feira (16), ele afirmou que o banco central norte-americano está atento para garantir que os efeitos das tarifas não gerem pressões inflacionárias persistentes. Powell alertou ainda que as políticas comerciais de Trump podem comprometer o duplo mandato da autoridade monetária, que busca manter a inflação sob controle e garantir pleno emprego.

No Brasil, a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. A proposta prevê um superavit primário de R$ 38,2 bilhões, valor acima do centro da meta fiscal, que estabelece um saldo positivo de 0,25% do PIB — equivalente a R$ 34,3 bilhões.

O plano fiscal também prevê uma forte retração nas despesas discricionárias até 2029. A estimativa é de que esses recursos, que incluem a manutenção da máquina pública e políticas sociais, caiam de R$ 221,2 bilhões em 2025 para apenas R$ 8,9 bilhões em 2029, um encolhimento de 96%.

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