O dólar encerrou esta terça-feira (29) em queda de 0,31%, cotado a R$ 5,631, acumulando oito sessões consecutivas de baixa. A moeda chegou à máxima do dia às 9h10, quando bateu R$ 5,662, e atingiu a mínima de R$ 5,620 por volta de 12h20.
O movimento foi influenciado por fatores internos e externos. Nos Estados Unidos, os dados da pesquisa JOLTS indicaram uma queda no número de vagas de emprego abertas, que passou de 7,48 milhões em fevereiro para 7,19 milhões em março. O enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano aumenta as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve, o que impacta o câmbio globalmente.
No Brasil, o foco esteve nas contas públicas. A equipe econômica do governo Lula registrou superavit primário de R$ 1,096 bilhão em março, o melhor resultado para o mês desde 2021, segundo o Tesouro Nacional. Em março do ano passado, houve déficit de R$ 1,081 bilhão, considerando os valores corrigidos pela inflação.
O resultado positivo nas contas do governo contribuiu para o bom humor do mercado, embora a trajetória fiscal do país siga sendo acompanhada com cautela por investidores.