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Denúncia de assédio pode virar escândalo de gestão

Desde que vieram à tona ontem as denúncias de assédio sexual e moral contra Silvio Almeida, o caso vai ganhando contornos de um verdadeiro escândalo de gestão com potencial de expor a promiscuidade na relação do poder público com ONGs militantes. Este site obteve cópia de uma espécie de manifesto que os funcionários do Ministério de Direitos Humanos foram convidados a assinar, em apoio ao próprio ministro, à secretária-executiva, Rita de Oliveira, e à chefe de gabinete, Marina Lacerda.

Entre outras coisas, o texto repudia a reportagem sobre o caso e diz que se trata de uma “tentativa absurda de tentar criar um ambiente de assédio, baseado em declarações de pessoas que se escondem atrás do anonimato, que não têm compromisso com a verdade e que nem no Ministério estão mais”. “Está evidente que tudo isso não tem base e parte de pessoas que não se adequaram ao trabalho no MDHC, foram exoneradas, não se conformam, mas acharam um lugarzinho na imprensa para espernear (…) há hierarquia aqui no MDHC (…) “é um ministério, não uma roda de conversa (…) isso me parece uma palavra que conhecemos: racismo.”

Ao Metrópoles, o advogado Ariel de Castro, ex-secretário dos Direitos da Criança e do Adolescente, disse que “a verdade agora apareceu, e o país sabe quem ele é”. “Quando saí, em maio de 2023, fiquei sabendo que ele e alguns dos assessores dele, a mando dele, justificaram que eu não teria competência e que era insubordinado, porque não aceitava ordens de um ministro negro, dando a entender que eu seria racista. Sofri muito com isso.”

Diante da confirmação das denúncias por parte da organização Me Too Brasil, Silvio Almeida gravou um vídeo para se defender. Afirmou que as acusações são “mentiras, falsidades”.

“Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. São ilações absurdas que têm o único intuito de me prejudicar, de apagar a minha história.” Segundo o ainda ministro, ele seria vítima de uma “campanha muito bem orquestrada” para afetar sua imagem. O Ministério também soltou um comunicado, acusando a Me Too de “tentativa indevida de interferência” na licitação do Disque 100, que teria indícios de superfaturamento. A pasta diz que reduziu de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões o custo do contrato. 

Anielle Franco ainda não se manifestou sobre o episódio, mas Janja postou no seu perfil no Instagram uma imagem com a ministra. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também determinou a abertura de inquérito sobre o caso. A investigação, naturalmente, não pode se restringir às denúncias de assédio. Há muito mais coisas envolvida.

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Claudio Dantas

Claudio Dantas

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