A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, liderada pelo Partido Republicano, condenou nesta quinta-feira (16) a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de proibir Jair Bolsonaro de comparecer à posse de Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro.
Jair Bolsonaro is a friend of America and a patriot. He should be allowed to attend President Trump’s inaugural. https://t.co/Jj9wyBLM6X
— House Foreign Affairs Committee Majority (@HouseForeignGOP) January 16, 2025
O deputado Brian Mast, da Flórida e líder da comissão, elogiou Bolsonaro em rede social, chamando-o de “patriota e amigo da América”. Mast representa uma Câmara com maioria republicana, que também controla o Senado após a vitória de Trump nas eleições de novembro.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, criticou a decisão de Moraes em inglês em resposta à publicação da comissão americana. Ele alegou perseguição política e comparou a situação do Brasil à Venezuela, afirmando que o veto prejudica a credibilidade do país.
There is no justification to seize @jairbolsonaro ‘s passport, even more to prevent him from meeting @realDonaldTrump . The use of the judiciary for political reasons must be denounced.
If our voice wasn’t important, they would not be trying to shut up us. Share it.… pic.twitter.com/LPeWoe2KgC
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) January 16, 2025
Marcel van Hattem (Novo-RS), outro aliado de Bolsonaro, também se manifestou, classificando o episódio como “um absurdo” e agradecendo o apoio norte-americano.
Aliados do ex-presidente argumentam que a proibição faz parte de uma estratégia para enfraquecer Bolsonaro, considerado o principal opositor do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A oposição usa o caso para reforçar acusações de perseguição política e centralização autoritária no governo atual.
A posse de Trump, além de ser um marco no cenário político norte-americano, se tornou mais uma frente de disputa entre a gestão Lula e seus adversários, com repercussões que colocam em xeque a política externa brasileira e a independência das instituições.