Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (3), o senador Cleitinho (Republicanos-MG) afirmou que punições judiciais e políticas têm sido usadas como instrumento de perseguição ideológica. Ele citou como exemplo o caso da cabeleireira Débora Rodrigues, que pichou com batom a escultura A Justiça, em frente ao STF, durante os atos de 8 de janeiro. A mulher foi condenada a 14 anos de prisão e multa de R$ 30 milhões.
Cleitinho também mencionou o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), alvo de processo de cassação por empurrar um youtuber. Para o senador, os dois casos evidenciam distorções no sistema.
“A Débora errou, sujou um patrimônio público. O Glauber errou, empurrou um youtuber. Mas prender por 14 anos e aplicar multa de R$ 30 milhões [no caso de Débora]? Cassar o mandato [no caso de Glauber]? Isso é justo? Isso é democrático? O que eu defendo aqui é o princípio da justiça, e não a ideologia”, disse.
Cleitinho cobrou coerência e proporcionalidade nas punições, criticando o uso da máquina pública para cercear adversários ideológicos. Disse que defenderá qualquer parlamentar, seja de esquerda ou de direita, se houver violação da Constituição ou do devido processo legal.