A defesa do ex-ministro e general Braga Netto criticou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando que é “inadmissível numa democracia” tantas violações ao direito de defesa.
Segundo os advogados, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal ignoraram seu pedido para prestar esclarecimentos, evidenciando a falta de imparcialidade nas investigações. A peça foi apresentada sem a divulgação do relatório complementar da PF, comprometendo a transparência do caso.
A líder da Minoria na Câmara, Carol De Toni, afirmou que a perseguição política no Brasil tem patronos. “Hoje, o maior líder deste país torna-se formalmente vítima da ditadura. Um processo cujos fundamentos são claramente políticos demonstra que o Estado Democrático de Direito não passa de letra morta. Quem coloca sua digital nisso não tem qualquer respeito pelo Brasil.”
O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), classificou a denúncia como “sem fundamentação jurídica sólida”, baseada em “interpretações subjetivas, desprovidas de evidências concretas”. Ele repudiou a tentativa de criminalizar Bolsonaro e chamou a ação de ofensiva seletiva. “Seguiremos vigilantes e atuantes na busca pela verdade e pela justiça, garantindo que nenhum brasileiro – especialmente um ex-chefe de Estado – seja alvo de perseguição política disfarçada de procedimento legal”, escreveu.
Altineu Cortês (PL-RJ), vice-presidente da Câmara reafirmou que Bolsonaro segue sendo a principal opção da direita para 2026, mesmo inelegível. “Bolsonaro vai se defender e continua sendo nossa primeira, segunda e terceira opção para 2026. Essa denúncia pode fortalecê-lo junto à centro-direita.”
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a denúncia não causa surpresa. “Certos de sua inocência, esperamos com serenidade que a justiça seja feita e que, finalmente, sejam observados os princípios do juízo natural, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.”
Durante sessão na Câmara, deputados bolsonaristas como Carlos Jordy (PL-RJ), Zé Trovão (PL-SC) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) entoaram gritos de “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.
O senador Flávio Bolsonaro criticou a PGR em publicação no X: “A tentativa de golpe nos prédios públicos vazios virou uma denúncia vazia, que não tem absolutamente NENHUMA PROVA contra Bolsonaro. Mesmo depois de Alexandre de Moraes ter esculachado o Ministério Público Federal na fabricação dos inquéritos e torturado Mauro Cid para “delatar” o que não existiu, o PGR se rebaixa. Cumpre sua missão inconstitucional e imoral de atender ao fígado de Alexandre de Moraes e ao interesse nefasto de Lula, que está nos seus últimos meses de presidência. Hoje tem comemoração dos destruidores da democracia em Brasília. Não vamos desistir do Brasil!”
A tentativa de golpe nos prédios públicos vazios virou uma denúncia vazia, que não tem absolutamente NENHUMA PROVA contra Bolsonaro.
Mesmo depois de Alexandre de Moraes ter esculachado o Ministério Público Federal na fabricação dos inquéritos e torturado Mauro Cid para “delatar”…— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 19, 2025
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