O que é mais rápido? Uma investigação da Polícia Federal sobre dezenas de parlamentares e prefeitos em relação a obras superfaturadas para desviar recursos de emendas parlamentares ou o impeachment de Lula?
Desde o ano passado, quando Flávio Dino chamou para si a investigação sobre emendas parlamentares, a turma do Centrão fisiológico enxergou na manobra as digitais do presidente da República, irritado com o domínio do Congresso sobre o orçamento.
Essa tensão escalou nos últimos meses junto à queda de popularidade de Lula, fazendo com que muitas lideranças no Legislativo desembarcassem mais cedo de um governo impopular, marcado por impostos e inflação – palavras proibidas em qualquer eleição.
Abandonado por aliados e nervoso com as críticas à Janja, o petista dobrou a aposta e enviou esta semana ao Congresso um emissário pessoal para avisar que mandará a Polícia Federal escrutinar cada repasse de emenda, cada convênio e cada obra decorrente, se os parlamentares seguirem desgastando sua gestão.
Ato contínuo, Flávio Dino acionou hoje a CGU para investigar 640 emendas-pix, num volume total de R$ 469 milhões. O ministro do Supremo, amicíssimo de Janja, já é o nome mais forte da esquerda para suceder Lula, cuja reeleição é improvável, e também não está gostando nada dessa história de Anistia para os presos do 8 de janeiro.
Brasília está guerra.