A crescente insegurança no Brasil fez mais uma vítima: a atriz Maria Ribeiro, de 49 anos, teve o celular roubado no último sábado (22) em São Paulo e sofreu um golpe bancário que lhe custou R$ 30 mil. O crime ocorreu durante a madrugada, e a artista só soube da perda financeira ao meio-dia, quando recebeu um telefonema do banco.
Indignada, Maria Ribeiro criticou a fragilidade dos sistemas bancários e a falta de segurança pública. Mesmo tendo bloqueado os cartões logo após o roubo, os criminosos conseguiram fazer transferências sem qualquer impedimento.
“Pra que serve a biometria? Então, quer dizer que, além da violência de ser assaltada, de passar a madrugada bloqueando cartões e acessos a dados, você, no dia seguinte, recebe um telefonema do banco que você tem conta há 30 anos dizendo que tiraram R$ 30 mil da sua conta e que vão abrir uma contestação”, desabafou.
A atriz afirmou se sentir desamparada pelo poder público e pelo próprio sistema financeiro, que deveria garantir a segurança de seus clientes.
“Está mais do que na hora do capitalismo entender o valor da nossa saúde mental. (…) Também vou abrir uma contestação, ou um processo, não tenho letramento jurídico para saber que nome dar a isso, que dê conta do dano psicológico que se dá quando você se sente desprotegida em tantos níveis. Pela cidade, pelo seu banco, pelo sistema”, declarou.
A indignação de Maria Ribeiro reflete a revolta de milhões de brasileiros que convivem com a criminalidade e um Estado ineficiente para garantir o básico: segurança. A atriz encerrou o relato destacando que sua experiência é comum, mas que isso não minimiza o impacto do ocorrido.
“E eu sei que todo mundo passa por isso. Que sou mais uma. Mas eu sou essa uma. E se essas palavras não servirem para nada, serviram para mim. Que nada posso fazer além de reclamar. O que obviamente é um movimento tolo e romântico, mas, ao menos, é um movimento que contém alguma esperança. Vã, certamente. Mas, por hora, algo reconfortante”, finalizou.
O episódio expõe o abandono da segurança pública e a vulnerabilidade dos cidadãos diante da criminalidade. Enquanto isso, a população segue pagando impostos elevados sem receber o mínimo de proteção do Estado.