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Guerra na Ucrânia completa 3 anos

A guerra na Ucrânia chega ao 3º ano nesta segunda-feira (24), consolidando-se como o maior conflito em solo europeu desde a 2ª Guerra Mundial. Iniciada pelo autocrata russo, Vladimir Putin, sob a justificativa de uma “operação militar especial” para “desmilitarizar” e “desnazificar” o país vizinho, a ofensiva russa rapidamente escalou para uma guerra de proporções inimagináveis.

Desde os primeiros bombardeios, em 24 de fevereiro de 2022, mais de 2 milhões de residências — o equivalente a 10% do território ucraniano — foram danificadas ou destruídas. A Agência da ONU para Refugiados estima que mais de 10 milhões de ucranianos foram deslocados, sendo que a maioria buscou abrigo em países da Europa Central.

Apenas nos últimos 6 meses, cerca de 200 mil pessoas precisaram abandonar suas casas devido ao aumento dos ataques no leste do país.

Em setembro de 2022, Putin formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas à Rússia, um movimento que não apenas consolidou o domínio russo sobre essas áreas, mas também complicou ainda mais qualquer tentativa de cessar-fogo definitivo. Esse ato aprofundou a guerra e dificultou as negociações de paz, que, ao longo dos últimos 3 anos, fracassaram repetidamente.

Enquanto Estados Unidos e países europeus desempenhavam um papel ativo nesses esforços, a recente posse de Donald Trump para um segundo mandato alterou substancialmente a abordagem da Casa Branca, criando um novo cenário nas negociações.

O atual presidente dos EUA iniciou diálogos diretos com o Kremlin, sem a participação de representantes ucranianos ou aliados europeus, o que gerou preocupações no continente.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defende que os aliados europeus sejam incluídos nas negociações de paz e, durante a Conferência de Segurança de Munique, realizada entre 14 e 16 de fevereiro de 2025, propôs a criação de um “Exército da Europa” para fortalecer a defesa do continente.

A exclusão dos países europeus das tratativas lideradas por Trump gerou críticas, especialmente do presidente da França, Emmanuel Macron. Em uma cúpula de emergência em 17 de fevereiro, Macron reconheceu os esforços do republicano para buscar a paz, mas admitiu sentir-se “inquieto” com os rumos das negociações.

No domingo (23), Zelensky expressou disposição para deixar o governo da Ucrânia em troca do fim da guerra no país. Contudo, ele condicionou sua saída à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar ocidental que rivaliza com a Rússia.

Zelensky afirmou ainda que está pronto para uma saída imediata do cargo, ressaltando que “não planejo estar no poder por décadas”.

Já nesta segunda-feira (24), durante um evento que marcou o 3º ano da invasão russa, o presidente ucraniano declarou que a paz deve ser conquistada por meio da força, com a participação ativa da Ucrânia e dos países europeus nas negociações. Zelensky afirmou que o autocrata russo, Vladimir Putin, não concederá a paz em troca de algo e que esta deve ser alcançada com força, sabedoria e unidade, destacando a importância da cooperação com os países europeus.

O presidente ucraniano reforçou que a guerra continua sendo travada contra a Ucrânia, e, portanto, o país deve estar presente nas negociações, juntamente com a Europa. De acordo com Zelensky, o alvo estratégico da Rússia é a Europa e seu modo de vida, e a segurança e o destino da Europa não podem ser decididos sem a sua participação.

Zelensky concluiu destacando que a Ucrânia, a Europa e os Estados Unidos devem estar juntos na mesa de negociações frente à Rússia.

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Gianlucca Gattai

Gianlucca Gattai

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