O governo Lula (PT) deposita nesta semana a primeira parcela de R$ 1 mil do programa Pé-de-Meia, em meio ao desgaste de sua gestão e a queda na popularidade. O pagamento, feito pela Caixa Econômica Federal entre terça (25) e quarta-feira (26), é parte da estratégia petista para tentar melhorar a percepção pública após uma série de reveses. Lula insiste que 2025 será “o ano da colheita”, e o programa se insere nesse contexto.
O Pé-de-Meia, criado pelo Ministério da Educação, é um incentivo financeiro para estudantes do ensino médio público, com depósitos mensais de R$ 200 e bônus anuais de R$ 1 mil, que só podem ser sacados após a formatura. Atualmente, quase quatro milhões de alunos irão receber do dinheiro.
No início do ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou R$ 6 bilhões do programa, alegando falta de previsão orçamentária. A decisão ameaçava a continuidade da ação, mas, no dia 11 de fevereiro, o tribunal liberou os recursos com a condição de que o governo inclua o Pé-de-Meia no Orçamento de 2025 dentro de 120 dias.
O desbloqueio ocorreu após semanas de negociações entre ministros do governo e o TCU. Para garantir os pagamentos deste ano, a equipe econômica usará recursos de fundos privados.
Os primeiros beneficiados serão os alunos que concluíram o ensino médio em 2023. Os valores incluem R$ 1 mil pela conclusão do ensino médio e um adicional de R$ 200 para quem participou do Enem 2024. O saque pode ser feito imediatamente.
Já os alunos aprovados no primeiro ou segundo ano do ensino médio em 2024 terão R$ 1 mil depositados na poupança na quinta-feira (27), mas só poderão sacar após concluírem os estudos.