Em entrevista ao Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (21) que o Governo Bolsonaro (PL) estava mais focado em “planejar assassinatos” do que em gerir adequadamente o dinheiro público.
O petista afirmou que quem está envolvido em ‘tramas golpistas’ não tem interesse em preservar os recursos do Estado, o que, de acordo com o ministro de Lula, levou Bolsonaro a desorganizar os programas sociais.
Haddad afirmou que os cadastros nos programas sociais foram “desorganizados” em 2022 com o objetivo de beneficiar a reeleição do ex-presidente. Em janeiro de 2025, 10 cidades brasileiras apresentavam mais beneficiários no Bolsa Família do que domicílios. Atualmente, o programa de transferência de renda alcança 20,6 milhões de famílias.
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a desorganização dos cadastros nos programas sociais, como no caso do antigo Auxílio Brasil, agora rebatizado de Bolsa Família, levou a um aumento considerável nos gastos públicos.
“Ao longo de 2022 o desespero do governo anterior em se manter no poder a qualquer custo, inclusive planejando assassinatos, planejando golpe, planejando tudo que está sendo exposto à opinião pública… Você acha que alguém que planeja um assassinato vai zelar pelo dinheiro público diante de uma perspectiva de derrota eleitoral”, afirmou Haddad.
O ministro ainda disse que o governo federal não faz cortes em benefício de quem tem direito e defendeu que é preciso “racionalidade” nas despesas públicas.
Em denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria conhecimento de um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
De acordo com a denúncia, protocolada na terça-feira (18), Bolsonaro teria acompanhado o andamento das tentativas de assassinato, estando ciente do momento em que seriam realizadas.