Nesta sexta-feira (21), o Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, completa uma semana de internação no hospital Agostino Gemelli, em Roma. Inicialmente tratado por sintomas de bronquite, o líder da Igreja Católica teve o quadro clínico reavaliado para uma infecção polimicrobiana e, desde terça-feira (18), uma pneumonia bilateral.
A saúde de Bergoglio gera preocupação entre fiéis e alimenta especulações sobre um eventual conclave, que ocorre em caso de morte ou renúncia de um papa. Além disso, circulam informações falsas sobre seu estado.
Desde a internação, o Vaticano tem divulgado boletins médicos diários, mas sem imagens de Francisco, que não apareceu nem mesmo na janela do hospital. No informe divulgado na quinta-feira (20), foi relatada uma “leve melhora” no quadro clínico, sem febre e com exames sanguíneos estáveis. Já no dessa sexta, o papa teria passado bem a noite e tomado café da manhã normalmente.
Essa é a 4ª internação do Papa Francisco no Hospital Gemelli, mesma unidade que atendeu João Paulo II por 10 vezes antes de sua morte, em 2005. Em 2021, Francisco ficou 10 dias no hospital para uma cirurgia intestinal programada. No ano passado, passou nove dias para outro procedimento abdominal e três para tratar uma bronquite. Agora, a internação inesperada é a mais longa de seu pontificado.
Apesar da versão oficial de que Francisco lê jornais e segue algumas atividades, como assinar documentos e fazer nomeações, persistem dúvidas sobre a gravidade de seu estado. Especialistas levantam hipóteses sobre uma possível resistência a antibióticos ou um tratamento prolongado com cortisona que teria facilitado infecções.
Também se questiona se a ida ao hospital não ocorreu tarde demais, já que Francisco apresentava dificuldades respiratórias desde o dia 5.
Sem informações detalhadas sobre a equipe médica responsável, a imprensa italiana busca respostas com pneumologistas de outros hospitais. Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o especialista Francesco Blasi sugeriu que a pneumonia pode não ter sido detectada nos exames iniciais. Há especulações de que a internação se estenda por semanas.
Enquanto isso, o Vaticano se esforça para demonstrar normalidade. No entanto, rumores persistem. Publicações não verificadas chegaram a afirmar que Francisco estaria em estado grave e teria recebido a unção dos enfermos, informação negada por fontes do Vaticano.
Apesar das incertezas, membros do alto clero tentam minimizar a preocupação, afirmando que Francisco está “na direção certa para uma recuperação plena”.