A queda de 11 pontos percentuais na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontada pelo Datafolha, causou um abalo dentro do governo. Segundo aliados do petista, a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (14) foi recebida como uma “bomba-atômica” no Palácio do Planalto.
Os auxiliares de Lula apontam como principais problemas a alta nos preços dos alimentos, a valorização do dólar e o impacto negativo da crise do Pix, que deixou milhões de brasileiros sem acesso ao serviço bancário no início do ano. Para o governo, os números refletem as turbulências enfrentadas no fim de 2024 e no começo de 2025, mas avaliam que o cenário pode ser “contornado”.
Além disso, há uma crise de comunicação, segundo integrantes do Planalto. A equipe de mídia passou por mudanças recentes, que ainda não teriam surtido efeito. Como estratégia para reverter a queda, o governo deve intensificar anúncios na área social e aumentar a participação de Lula em eventos públicos com entregas de programas federais.
Pior índice de Lula
Segundo o Datafolha, a aprovação do governo caiu para 24%, o pior índice nos três mandatos de Lula. Em dezembro de 2024, o percentual era de 35%. Já a reprovação subiu de 34% para 41%, enquanto a avaliação regular oscilou de 29% para 32%.
A pesquisa ouviu 2.007 brasileiros em 113 cidades, entre os dias 10 e 11 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.